Ciclo da Proteção Animal
A Proteção Animal é um trabalho complexo que envolve quatro fases distintas e requer muitas pessoas envolvidas para a sua realização.
Nem sempre é possível a SHB manter de forma permanente todas as atividades relacionadas ao Ciclo da Proteção Animal.
Conheça a realidade do Nosso Abrigo.
1- Resgate
Após uma triagem de inúmeros pedidos que recebemos, selecionamos os casos mais graves ou com maior risco para atender dentro de nossas possibilidades.
Isso pressupõe dizer não a muitos casos e orientar a própria pessoa que fez o pedido a buscar soluções, dando ela própria encaminhamento à situação.
O resgate de um animal não é nada simples e se complica se ele estiver assustado ou gravemente ferido. É o caso de um animal que é abandonado pelo seu dono em ambiente desconhecido e sai em disparada percorrendo grandes distâncias, um animal que caiu da janela e se escondeu num bueiro, um animal acompanhado de seus filhotes que está agressivo porque foi atropelado e teve a pata amputada, entre outras inúmeras situações.
Até o animal ser capturado pode se passar dias, com várias tentativas, muitas vezes de madrugada em absoluto silêncio, em locais que oferecem risco à nossa própria segurança, sendo necessária a utilização de gaiolas e redes de captura, comida para atrair, entre outros métodos.
2- Acolhimento
A primeira providência que deve ser tomada é a avaliação clínica e o tratamento inicial do animal. Casos graves requerem internação com altos custos, mas mesmo um animal aparentemente saudável não pode ser misturado antes de se assegurar que ele não oferece risco à saúde e à integridade física dos demais.
Após esse procedimento, em geral, o animal é levado nosso abrigo ou lar temporário, passando por uma adaptação para ser introduzido no novo ambiente. Às vezes, são necessárias algumas tentativas para identificar qual ambiente é mais adequado para o animal recém-acolhido. Consideramos risco de fuga, compatibilidade de gênios, animais com doenças transmissíveis, entre outros parâmetros.
3- Adoção
Somos criteriosos ao entregar nossos protegidos a um candidato à adoção. Isso envolve uma triagem bem feita, mediante entrevista, visita à residência, consulta de histórico, entre outros procedimentos.
Isso é importante tanto para o animal como para a pessoa que vai adotar, para evitar riscos como: fuga, devolução, novo abandono, maus tratos, óbito, entre outros. E se falharmos nesta triagem, além da dor pelo infortúnio, todo trabalho e dinheiro investidos poderão ser perdidos.
Não entregamos, por exemplo, animais para um ambiente não seguro ou animais com características que não atendam ao perfil e às expectativas do adotante ou, ainda, que coloquem em risco sua família.
Durante este processo, damos inúmeras orientações, conscientizando o candidato à adoção quanto suas responsabilidades. Ele deve assinar um Termo de Posse Responsável, conhecendo as condições que a SHB estabelece e às quais deve se comprometer para poder adotar um dos nossos protegidos.
4- Acompanhamento
Existem finais "felizes para sempre" como nas novelas? A resposta é não!
Fazemos o acompanhamento do adotado até que ele vire estrelinha por meio do envio de e-mails, visitas, notícias por parte dos profissionais que o atendem, entre outros.
Muitas vezes, os adotantes se deparam com situações nas quais não podem mais permanecer com o animal - como separação, mudança de residência, doença grave, óbito - ou simplesmente seus tutores não o querem mais. Estes fatos podem ocorrer a qualquer momento na linha do tempo, até mesmo muitos anos após a adoção com o animal já bem velhinho ou doente.
Neste caso, é obrigatória a devolução do animal para a SHB, que re-assumirá sua guarda até que ele encontre um outro dono ou... vire estrelinha!
É terminantemente proibido o adotante repassar o animal a terceiros, sem autorização da SHB.