NOSSO ABRIGO
A Sociedade Humanitária Brasileira não possui um abrigo para “depósito” de animais abandonados.
Em nosso “lar provisório”, proporcionamos hospedagem e assistência ao animal recebido até que ele seja adotado. Apenas acolhemos em definitivo aqueles animais que, por velhice, doença ou comportamento, não conseguem adoção.
Atualmente, abrigamos cerca de 200 animais, entre cães e gatos, recolhidos das ruas, sendo muitos deles idosos, que necessitam de assistência veterinária contínua.
Embora nosso espaço não abrigue outras espécies, a SHB atua também na proteção de cavalos, passarinhos, hamsters, entre outros, ajudando como pode.
Nosso abrigo necessita de recursos para sua manutenção. Para cuidar dos animais que ali estão, são contratados 2 funcionários com carteira assinada e há outras despesas fixas como conta de luz.
Os espaços que abrigam nossos animais (canis e gatis), bem como as casas que abrigam os tratadores e mesmo os locais abertos requerem manutenção periódica.
É o caso de reparo de portões, cercas, telas e pisos; troca de telhas; pintura de paredes; reparo nas instalações elétricas e hidráulicas; conserto ou troca das bombas dos poços; limpeza dos poços, das caixas d'água e das fossas; poda das árvores; entre outros.
Necessitamos com frequência de material de limpeza, material de construção e equipamentos.
No momento, respeitando o nosso Plano de Sustentabilidade, não estamos recebendo novos animais, mas ainda assim ajudamos muitos animais por fora sem acolher ou gerar despesas à SHB.
Trabalhamos com responsabilidade para poder manter um mínimo de dignidade para os animais que abrigamos.
PLANO DE SUSTENTABILIDADE
É muito fácil querer ajudar a mais e mais animais, mas é fundamental pensar na estrutura necessária para acolher com responsabilidade.
Num passado recente, por volta do ano de 2015, a SHB quase foi obrigada a
fechar as portas.
A partir de 2016, tornou-se obrigatória a adoção de um Plano de Sustentabilidade
para a SHB, que é revisto periodicamente, com objetivo de garantir
a continuidade dos trabalhos.
Depois desse grande aprendizado e uma grande superação, foram identificados
três pilares principais, sem os quais não é possível acolher novos animais:
RECURSOS FINANCEIROS
É importante considerar que:
. acolher, cuidar bem e dar um mínimo de dignidade ao animal custa muito caro, em especial, quando enfermos ou na velhice;
. é muito maior o número de animais abandonados do que pessoas aptas a adotar;
. um animal pode chegar a viver por mais de 15 anos; e
. sem dinheiro, não adianta sonhar, será muito difícil socorrer qualquer animal.
LOGÍSTICA
Em primeiro lugar, onde ficará o animal?
Seja em abrigo ou lar temporário, devemos assegurar que não haja superlotação dos espaços para evitar stress, brigas por territorialidade ou, ainda, a proliferação de doenças contagiosas.
Além de toda a estrutura de trabalho, que é bem pesada (compras, assistência, redes sociais, eventos, entre outros), uma entidade legalmente constituída, ainda que sem fins lucrativos, também é uma empresa e igualmente deve cumprir diversas obrigações legais.
PESSOAL
O que adianta ter dinheiro e estrutura de trabalho, se o principal são as pessoas?
Sem mão-de-obra voluntária ou paga, nada se consegue fazer.
E a dedicação das poucas pessoas que são de fato comprometidas chega ao limite da exaustão.
O público, em geral, não tem muita noção, mas o fato é que não é nada romântico o trabalho: é pedreira!
Também não é para amadores e o aprendizado exige dedicação.