PRESERVAÇÃO AMBIENTAL


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A SHB também contribui para o meio ambiente à medida em que realiza o resgate e a castração de cães e gatos, promovendo assim um maior equilíbrio entre as espécies da natureza.


Por exemplo, sendo felinos predadores na natureza, tem-se documentado a morte de bilhões de pássaros e pequenos mamíferos por gatos todos os anos, de acordo com o relatório produzido pelo Instituto Smithsonian de Biologia e Conservação e do Departamento de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, figurando, ainda, roedores e cães na lista de animais caçadores.


Por outro lado, a eliminação dos gatos e outros predadores naturais de pássaros gera desequilíbrio pelo aumento de outras espécies, como, por exemplo, a de ratos.

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Gatos juntamente com roedores e cães podem ameaçar a vida selvagem e levar espécies à extinção, tendo como alvo não somente pássaros e mamíferos, mas também insetos, afetando, ainda, o processo de polinização.​​​​​​​


Curiosamente - abrindo um pequeno parenteses - são os humanos uma espécie única de "super-predadores", com uma eficiência que ultrapassa todas as regras do mundo animal, com uma taxa até 14 vezes superior a outras espécies caçadoras, segundo a revista Science.

Animais silvestres são perseguidos até a exaustão e gravemente feridos ou mortos, os filhotes são afastados de seus rebanhos e, muitas das vezes, nossos predadores domésticos fazem só por brincadeira, não tendo a menor noção do que causam


Não somente os abandonados e as populações ferais  descendentes de cães e gatos domésticos abandonados que retornaram ao estado selvagem  como também, os que possuem dono e são mantidos soltos, podem gerar danos irreversíveis à natureza. 


Além de prejudicarem a fauna e a flora das cidades, cães e gatos tornam-se um verdadeiro problema em parques nacionais, invadindo territórios que antes eram considerados santuários para a vida selvagem. Agrava a situação a falta de consciência da população, ao promover o abandono nas áreas de preservação.


Qual é então a solução?

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Por mais que a matança em massa aparente ser uma rápida solução, além de seu caráter nada humanitário e não sustentável, são muitas as experiências fracassadas decorrentes dessa prática. É o caso, por exemplo, das ilhas da Oceania.


Ao eliminar os gatos de algumas ilhas da Oceania, a população de ratos (também introduzido) aumentou drasticamente, ameaçando ainda mais a fauna local.


Outra constatação decorrente das experiências realizadas é o “efeito vácuo”, onde qualquer redução na densidade populacional por meio de um aumento na mortalidade é rapidamente compensada pelo aumento na reprodução e sobrevivência dos que restaram, bem como pela migração de animais de outras áreas.


Você sabia que a peste negra - que pode ter matado até 200 milhões de pessoas na idade média - foi causada pela matança desenfreada de gatos, vítimas da perseguição por crenças religiosas infundadas, na época da Inquisição?

E que a idéia de que gatos pretos dão azar possa ter surgido desse terrível episódio de fanatismo religioso?

​​​​​​​Saiba mais em:


https://socientifica.com.br/gatos-peste-negra/​​​​​​​

Entre as principais medidas que se mostraram eficazes, podemos citar: a educação e a conscientização da população, a castração com a devolução do animal para seu habitat, os centros de acolhimento e adoção, bem como a melhoria do arcabouço legislativo.


O alicerce de qualquer medida adotada, no entanto, deve ser a pesquisa e a ciência, que são fundamentais para o estabelecimento de estratégias corretas.


Um boa iniciativa é o “Projeto Cãoservação” da Universidade da USP juntamente com a ICMBio. As pesquisas realizadas pelo projeto tem como premissa a ideia de pensar a saúde humana, animal e ambiental como uma só, evidenciando as relações e interferências entre elas (conceito de “saúde única”).


Tal projeto comprova a transmissão mútua de zoonoses, tanto do animal domesticado para o silvestre, quanto do silvestre para o domesticado, podendo, ainda, afetar a saúde dos donos desses animais que entram em áreas de preservação. Pouca gente sabe, por exemplo, que a cinomose canina se espalha com muita facilidade para os animais silvestres, pelo fato deles não terem imunidade à doença, sendo de difícil controle.


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Como ajudar a preservar?

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​Mantenha seu gato sem acesso à rua e seu cão sempre na guia e sob vigilância. Use coleiras coloridas - de preferência, com identificação - para dificultar que nossos amados surpreendam eventuais presas. Você pode, ainda, treinar e controlar seu cão. Saiba que seu animal solto sem você por perto também está em altíssimo risco. ​​​​​​​Castre o seu animal para prevenir o aumento das populaçoes de rua. Jamais abandone animais, em especial, em áreas de preservação.​​​​​​​ Na perda de seu grande companheiro, opte pela cremação.



Há estudos que comprovam que animais de estimação transportados para outros continentes carregam doenças que levaram às portas da extinção espécies já ameaçadas. Então, evite levar seu animal à áreas de preservação ambiental, principalmente se ele é oriundo de outro país.


A água, os peixes e outros conteúdos de aquários despejados em fontes naturais - como córregos, lagos, rios e mar - geram impactos graves a espécies nativas de peixes, em função da competição por recursos ou por áreas de reprodução, além da transmissão de doenças ou parasitas. A doação para outros aquaristas, escolas ou universidades, bem como a devolução para lojas de aquário podem ser boas alternativas.